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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Caixa afasta risco de bolha imobiliária

'A crise não chegou à Caixa', afirmou o presidende da instituição em evento pelo aniversário de 150 anos do banco

RIO - O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda, afirmou hoje que o banco está passando incólume às turbulências econômicas, embora reconheça um arrefecimento no ritmo de concessão de crédito. "A crise não chegou à Caixa", afirmou, em evento pelo aniversário de 150 anos do banco. Hereda também voltou a afastar o risco de bolha imobiliária no País. "Não vejo possibilidade de bolha e acho que é muito saudável termos uma tendência de crescimento (na concessão de crédito imobiliário) para o ano que vem um pouco menor", disse.

Até agosto, a alta na concessão de crédito imobiliário foi de 26% no ano em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de financiamento no segmento deve chegar a R$ 90 bilhões neste ano, contra pouco mais de R$ 76 bilhões do ano passado. A alta esperada de 18% é menor do que nos anos anteriores, numa desaceleração programada pelo banco. "Não dava para sair de R$ 5 bilhões em 2003 (de volume financiado) para quase R$ 77 bilhões em 2010 e continuar neste ritmo", disse. "Estamos numa batida esperada e vamos continuar nesta batida".

No Programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente da Caixa disse que uma portaria assinada ontem no Executivo permitirá a aceleração do programa na faixa de 3 a 10 salários mínimos. "O (programa até 3 salários) está deslanchando agora, um pouco depois do que imaginávamos. Já o de 3 a 10 (salários) está num ritmo melhor do que o esperado", disse.

Mas Hereda confirma uma redução no ritmo de concessão de crédito. Houve diminuição da velocidade de vendas em São Paulo. "São ajustes importantes. O preço dos imóveis está muito valorizado. Mas não haverá bolha, este é uma resposta que o mercado dá ao aumento do preço". No Rio, houve ainda crescimento na velocidade das vendas, disse.

O presidente da Caixa lembra que os imóveis passaram muitos anos depreciados no País e que a ascensão de 30 milhões de pessoas à classe média aumentou a demanda por financiamentos e impulsionou os preços de imóveis. Ele lembra ainda que em geral o financiamento no Brasil é feito para a aquisição do primeiro imóvel e que a concessão de crédito é segura no Brasil. "Não é como nos Estados Unidos, na Europa, em que estavam comprando a terceira moradia", disse.

Fonte:economia.estadao.com.br

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